segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Minha vida, meu livro!


Não pensei que fosse tão difícil virar a página, nem sequer pudera imaginar a intransponibilidade de romper uma página escrita pelo destino. Ou tão pior escrevê-la eu mesma com o meu sangue; meu espírito!
E assim, deparo-me diante deste livro em branco, a espera por minhas inscrições.
E no livro que escrevo, encontro dificuldades de virar a página, de dizer: Mais uma página escrita!!!


Quil, 26;28 de outubro de 2008

sábado, 25 de outubro de 2008

RELÓGIO DO CORAÇÃO!


Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.

Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.

Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário mostrar que eles ficaram por anos em nossas agendas.

Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.

Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.

Há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados das folhinhas.

Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembranças de horas.

Há eventos que marcaram, e que duram para sempre, o nascimento do filho, a morte do pai, a viagem inesquecível, um sonho realizado. Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo. Mas, conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz eu estava na ocasião.

O relógio do coração – hoje eu descubro - bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.

Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.

Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.

É olhar as rugas e não perceber a maturidade.

É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças da vida.

Pense nisso!

E consulte sempre o relógio do coração: Ele te mostrará o verdadeiro tempo do mundo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Canção da Vida





Um dia percebemos que a principal palavra usada pela música da vida é a perda.
Quando crianças a primeira coisa que perdemos é a inocência, depois perdemos os brinquedos favoritos e com o tempo perdemos até as lembranças desses brinquedos.
Com o passar do tempo perdemos os amigos da infância para dar o lugar a novos amigos e assim a canção continua.
Ao chegar a adolescência perdemor novamente, agora é hora de perder a proteção dos pais para aprender a fazer a própria proteção.
E assim acostumei-me com as perdas. Meu primeiro cachorro que morreu atropelado ao sair atrás da minha mãe, os namorados que se foram ( alguns graças a Deus), os amigos antigos, etc.
A unica perda que não quero em imaginar é a da minha mãe, quero que ela seja como Dercy Gonçalvez e que eu possa ir antes dela. Sim, não se espante! Todos tem defeitos, porque eu não posso ter o egoismo ou a covardia, ou as duas juntas? Se posso escolher, escolho não ter essa perda.
Concluo que todas as outras perdas são superáveis, até sofrives por um tempo, mas depois passa.
E todas as perdas estaram no meu livro de estórias, em mais uma página escrita.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Flash back!


À vezes simplesmente tomamos atitudes sem medir as conseqüências, outras somos impulsionados, ou até mesmo, seduzidos a tomar certas diretrizes no meio da estrada, que não sabemos o porquê. Só depois é que reflitimos, e na maioria das vezes, o arrependimento é a resposta soberana as nossas indagações.

Mesmo assim, já é tarde demais!

Acabamos por nos descobrir sentados no meio fio de um canteiro dum jardim; numa praça; sentindo o calor do sol; os feixos de luz sobre o papel; o vento baguçando os cabelos; ouvindo uma música que nos embala sentimentos de amor; escrevendo sobre o que aconteceu no dia anterior; indagando o motivo do beijo e criando espectativas para o porvir; esperando uma amiga sair do trabalho; enquanto se prepara para confessar que ainda é apaixonada por alguém que lhe causou uma lágrima.



Quil, 13/10/2008)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Estórias passadas

Mais uma vez atendo o telefone da minha casa e a pessoa nada diz. Já tornei-me intima, coloquei o apelido de mudinho, uma forma carinhora de tratar alguém que me liga semente e nunca diz nada, na bina parece só o número onze, que significa número restrito.
Antes ligava de vários números de DDD diferentes, a cobrar de celular com DDD 032.
A pessoa liga em horários e dias diferentes, creio que é para saber quando tem alguém em casa.
Ao mesmo tempo Hackearam meu orkut, claro que era alguém que me conhecia e que saberia as possibilidades de senha sem precisar pensar muito. Excluíram o pobre coitado.
Criei novo orkut, e pasmem que a pessoa tentou buscar a minha senha, claro que não é nenhum hacker, é um sortudo que sabia onde buscar minha senha.
Já fiquei fula da vida, mas hoje acho até divertido. Alguém quer ouvir, acho até divertido.
Alguém querer ouvir a minha voz.
Alguém que me conhece, e que sente a minha falta. A única forma de falar é me agredir. Sim, agredir, vai me dizer que ligar para a outra pra não dizer nada não é agressão? Como se a outra pessoa não fizesse nada para ninguém.
Hackear e excluir somente o meu orkut, o que tinha nele que era tão ruim assim?
Conclui que é para me afetar, para chamar a minha atenção.
O que me leva a pensar. Quem gostaria de chamar a minha atenção?
Sei quem é, mas se eu for falar vai jurar de pé junto que não. Como já aconteceu quando nos conhecemos.
Hoje tenho consciência de que encerrei mais um capítulo do meu livro de estórias, O capítulo do telefone.
Sinto muito se essa pessoa não tem coragem de conversar e se satifaz em só ouvir a minha voz. Quero paz, trocarei de email do orkut, colocarei desenhos no meu nome, assim dificulta a busca e ainda trocarei meus números de telefone.
E assim, terei paz para poder dizer, mas uma página escrita, porém virada.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Incognita!!!


Queria realmente poder te esquecer!
Mas, quem é você?
Como posso esquecer quem nem conheci?
Sei que você esteve na minha estrada, mas não reconheço teus passos.
Escrevo sobre você, mas não te vejo nestas linhas.
Amo você, mas não sei quem amo.
Não sei nem se realmente te amo!
Você foi uma correntesa que passou no meu mar, levou consigo parte de mim, e nada deixou de ti, apenas o vazio do que levou.
E ainda assim tento desenhar você nestas linhas.

(Quil, 03/10/2008)