sexta-feira, 14 de março de 2008

A pomba e o corvo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Era uma vez uma pomba e um corvo. Que pelos ares da cidade se encontraram, olharam se fixamente. Que linda pomba, que penas tão alvas e cintilantes ao tocar dos raios do sol, pensou o corvo. E no mesmo instante, a pomba vislumbrava o negro avermelhado e aveludado das penas do corvo. E o inevitável aconteceu: Apaixonaram-se!!!!!
Mas, ela era uma pomba e ele um corvo, suas especies não podiam voar lado a lado, mas o amor foi maior. E de tempos em tempos eles se encontravam nos ares da cidade, do campo. E certa vez o corvo encheu-se de coragem e foi ter com a pombinha, e a amizade surgiu. Daquele dia em diante, sempre que se encontravam ficavam horas e horas afins voando pelos ares e desfrutando um da compania do outro. Mas durante um dos vôos a pombinha se distraiu e bateu num poste e feriu-se gravemente. E o instinto do corvo foi maior que o amor e amizade e, num momento insano, tentou atacar a pombinha ferida. Mas a pombinha se desviou, e salvou-se do ataque fisico, contudo o seu coração partiu ao meio. A tristeza invandiu o coração e alma da pombinha
Ela fugiu do ataque que sofrera de seu amado, só não conseguiu fugir da tristeza que isto lhe causara.
Ferida e magoada ela reuniu todas as forças e ruflou para longe dalí. O corvo caindo em si, foi tomado por uma profunda tristeza e incompreensão: como ele pudera agir daquela maneira com sua amada? E, em profunda agonia vôou para bem longe.
As estações passaram.
E, embora sentissem profunda tristeza pelo que outrora houvera, sabiam que tinham que dá curso as suas vidas. E assim o fizeram, contudo em um dos passeios da manhã, a linda pombinha branca cruzou o mesmo céu que o corvo negro.
E foi então que reconheceram que apesar de ser amarem, jamais poderiam voar lado a lado pelos céus.
Ela uma pombinha tinha o hábito de concentrar a sua meta em um único alvo, isso a deixava vulnerável aos obstáculos; ele, corvo, tinha o instinto carniceiro, o desejo pelo aroma do sangue. Ela por permanecer fixada em um único alvo, estava propícia a se ferir, e ele apaixonado pelos fluidos liberados pelos ferimentos, estavam impedidos de voarem lada a lado pelos ares.
E assim, a pombinha branca desvedava os ares ao brilho do ardente sol em busca do frescor da lua, enquanto o pompouso corvo seguia o brilho da lua na esperança de esbarrar com o calor do sol.

E é desta forma que o amor entre diferentes torna-se impossível, não porque o amor não seja capaz de romper com as barreiras do natural, ou até mesmo, do sobrenatural, mas porque nem todos conseguem sair de si e ir ao encontro do outro. Já dizia Antoine de St. Exupery: "Quando duas pessoas se amam de verdade elas não ficam olhado uma para outra, mas olham juntas o mesmo horizonte."

(Quil 13/03/08)